sexta-feira, 27 de março de 2009

Códigos Lábios.

A retórica crua e nua
Daquele sensato
Que vê a vida como um barato
E vê a morte de frente e estupefato

Por favor dai-me palavras
Para decifrar o indecifrável
Negar o inegável.
A verdade é uma só!
Uma retorica crua e nua
Que escuma a mulher barata e sensata

Cala-te, aquela mulher é ingrata
Tinha uma doce formosura
Mas infelizmente um fel a perfura

A perfura, e a corrói por dentro
Mas aos poucos com culpa acostuma-se deste alento

Sabe aquele inibível afago teu
Aquele mesmo que te deixou
Imunda e roubou os lábios teus

Aquele que te afunda com a promessa que te faz e te alenta
O no final perde-se na lembrança tuas
No passado ingrato inegável e mulato...

( Estéfano Vieira)

Um comentário:

  1. Stef... lembrou Dom Casmurro! Uma mistura de Dom Casmurro com a dúvida dos poemas do Gregório de Matos. A incerteza do caráter dela mas ao mesmo tempo, um sentimento incontrolável nasce desta que, mal vista aos olhos mundanos, esconde seu verdadeiro eu em algum lugar em sua mente...

    "...e vem a Simone com suas jogadas toscas..."

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