quarta-feira, 19 de outubro de 2011

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                Dia após dia a nostalgia do passado é o único presente que se defronta diante do espelho. Lembranças, memórias, tudo isso de alguma forma é o que faz o tempo passar, uma companhia infinitamente solitária, afinal, é assim que as coisas são-estão de verdade, de forma  alguma quero fazer drama, mas explicar que no fundo, todos morreremos sozinhos...
                Finjo-me de louco, onde poucos podem ser normais, um mundo as inversas. Onde todas as coisas que realmente fazem sentido foram esquecidas, quando a sutileza não é mais ou menos útil que papel higiênico para escovar os dentes.  Assim, rodeados de elementos que nos tornam cada vez mais distantes ou de festas que nos tornam cada vez mais vazios, perseguimos o sonho de sermos completos, mesmo que ninguém se dê por conta de que somos escravos justamente da maneira que levamos a vida, ou que fingimos vivê-la.
                Acolá, conheço amores nascidos no lodo do mar, lá onde Álvares de Azevedo dizia que "se encontram as perolas".  O fato é: combinações lógicas não existem, o mais intrigante é fugir da lógica e da regra, o mundo não é um calculo matemático ou algum tipo de função onde deriva-se a existência, viver é muito mais do que existir, a única lógica tragavelmente certa é de que a vida é uma repleta teoria do caos, esqueçam a física, a matemática, a química ou o que combina ou não. "o sorriso dela, foi o suficiente" disse o amor que vi nascer onde se encontram as pérolas.

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