sábado, 4 de abril de 2009

Inconstancia do verbo

Deixo a vida como quem deixa o tédio
Ressalvo que não é nascer de novo
Nem ludibriar dos ventos do norte
Nem é sentir-se como um todo

Em verdade és
Um tolo inerte é isso que és
Procurando nas profundezas
-A inconstância dos sabores
Na incerteza
-Os seus pútridos amores.
Na perdição
- as dança destas flores.

No orvalhar da noite da alta madrugada
Sentado no frio com a pele descamada
A junção de dores com estas demasiada
A união de cores - estas amedrontadas

Deus das frias madrugadas!
Das alvas desgraçadas!
E das ninfas desgarradas!

Perdoe-me!
Perdoe-me por torturar-te ao verso
Nestas alfas noites amaldiçoadas
De princesas num reverso,
de palavras... desgarradas
Eu espio e te confesso

- Amarei a ninfa como quem ama o linfa desgraçada do verso! eu confesso!


( Estéfano Vieira )

Um comentário:

  1. Amei a forma que usaste as palavras...
    e dizer que ama a ninfa...
    que ela mereça teu amor...
    e vc o dela....;)

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