Avançamos
a posse e a soberba do ser humano que esquecemos quem mesmo somos , desviamos
os ritmos e desalinhamos os sons.
Temos
tréguas e tragédias dentro de nós, e medo do recipiente do saber que se escoa
uma frase.
O
que tem em palavras tão belas e doces?
Por
que agimos como se a verdade de nossa alma fosse o pecado que a condenasse,
fazendo a veracidade de nossas vontades, perderem assim, todos os sentidos que
demos a elas?
Suplico-me,
únicas vezes que fazem lembrar a solidão do ser quem é por inteiro.
É
como recorrer a arte, é entregar-se para si mesmo, isolar-se de todos os
outros, e em devaneias, exorcizar todos os demônios de si.... e se ainda sobrar
alguma coisa, que escoe então, no papel e não no lodo, no palco e não em um
quarto de um desespero sem causa.
Assim,
arte ou verdade não morrem em silencio, como bonecos que não se controlam
desterram-se a fugir de si mesmos, procurando alguma figura que os encante qualquer
outro igual, desvalidando o fato de por Deus, sermos únicos e não iguais uns
aos outros.
Assim,
a veracidade do ser perde-se aos poucos, soa como pensamento automático
totalmente preso ao controle daqueles únicos que podem ser livres de pensar que
em alguma coisa, são um tanto diferentes.
É
como abrir os olhos toda as manhas e sem lavar o rosto, ter em sua vista o
embaçado de um destino feroz. Uma automaticidade que o faz seguir a única linha
dentre seu nascimento e sua morte, fazendo uma corriqueira passagem por seja lá
o que for, não é de sua vontade.