
Por isso cada vez que lembro em que sentido eu escrevo ou o motivo para fazê-lo, lembro do grito de uma criança clamando por sobrevivência perdido ao meio de uma tempestade em um mundo desconhecido. E nesse momento, sou apenas aquele pequeno menino sendo pisoteado, correndo para buscar seus barquinhos de papeis que são levados pelo água, assim como os bonecos eram arremessados na parede. Assim o universo inteiro se desfaz de uma forma tão sutil e natural, em que o único motivo que surge em minha visão, é dentre linhas, expor um pensamento de que em talvez um dia, alguém como eu, como nós, compreenda-nos. E por uma busca claramente incessante, seremos finalmente eternizados, naquelas mesmas folhas velhas que um tempo depois serão arremessadas na parede por aquelas mesmas crianças que brincavam durante a aula.
Assim se desfaz o sentido da eternidade , nas folhas da aventura de uma história contada por loucos que um dia imaginaram que todos nós podíamos ser eternizados, em simples capas, em uma estante de vidro, e lá, estaria depositado todo o nosso sentido vivido.