
Tenho o terrivel costume de não olhar para o lado...
Tenho o medo mendigo por causa do escravo...
Tenho o pobre sentido perdido e ignavo...
Tenho o santo pedido sentido e jurado...
Tenho tanto sentir, meu pobre coitado
Que ja não sei nem durmir
Sem virar para o lado...
Tenho tanto viver, algum ato esperado
Que ja nao sei nem sofrer
A dor do passado
E assim que me sintas
Em não pré julgado
O que digo que sois
É uma flor do pecado
E ainda que julges
Em passado jurado
É um tempo perdido
É o doce do errado
Não sei, desdenhou o passado mulato
Não sei nem pediu, tu rompeste contrato...